Morreu auxiliar de limpeza Izaltina Lemos da Costa

Fotos: Arquivo Pessoal

A grande alegria de vida de Izaltina Lemos da Costa, 79 anos, era visitar aos amigos. Conforme a família, cada passeio era uma festa para ela. Apaixonada pela vida, Izaltina não mediu esforços para ganhar a vida e dar melhores oportunidades para o único filho, Josias da Costa Ribeiro, 50 anos. Os dois eram muito apegados e não dispensavam a companhia um do outro.

- A mãe batalhou muito para me dar educação, se virava nos 30 para que eu tivesse boas oportunidades no futuro. Sempre trabalhou em casa de família e foi assim que me criou e sustentou nossa casa. Sempre foi muito cuidadosa com seus afazeres e teve uma vida profissional diversa - recorda o filho.

Os dois faziam muitos planos para a vida. Mãe e filho estavam com viagem programada, mas sem roteiro definido. Eles também iriam fazer um álbum de fotos assim que Izaltina completasse 80 anos. Além disso, os dois também foram para Gramado em uma viagem que a dona de casa sempre comentava em realizar novamente.

Nascida e criada em Rosário do sul, ela se mudou para Santa Maria ainda jovem com a família para que sua irmã Lolita pudesse cuidar de sua saúde. Os pais também se mudaram juntos e Izaltina ficou com a missão de cuidar dos afazeres da casa.

De personalidade forte, Izaltina não levava desaforos para casa. Gostava de ajudar a quem precisasse e adorava estar na companhia de seus amigos. Mãe e filho tiveram uma grande aproximação nos últimos anos e, além de conversarem muito, iam a muitos passeios e conviviam intensamente um ao lado do outro.

- Ela era muito alegre, mesmo quando estava com dor ou doente estava brincando e sorrindo. Para ela, não tinha tempo ruim. Tinha muita facilidade em fazer amizade e era bacana com todos. Como ela me conhecia desde quando eu era criança, tinha uma grande paixão por mim e eu por ela. Nosso amor é antigo (risos), sempre foi um prazer cuidar dela - conta a cuidadora Marta Azevedo, 56 anos.

Ela cuidava de Izaltina há um ano, mas já é cuidadora há 20. Marta fala que a idosa a ensinou que sorrir é o melhor remédio e que a amiga vai deixar muitas saudades. Ao filho, o legado foi de luta e de batalha pela vida.

- A sua trajetória na busca pela cura foi intensa e ela nos mostrou que somos muito frágeis, mas que não devemos desistir de viver. A mãe demonstrou que precisamos, sim, acreditar até nos momentos mais difíceis. Jamais esquecerei que em crises ela sempre dizia que já iria passar e que tudo ficaria bem - emociona-se Josias.

Para a família, Izaltina foi uma mulher muito forte e que tinha uma imensa vontade de viver. Como companheira diária, a idosa tinha a cachorrinha Princesa, a qual estava sempre próxima dela. As duas não se desgrudavam. Também não dispensava a presença de amigos e familiares para um bom churrasco aos finais de semana.

Izaltina faleceu no Hospital Universitário de Santa Maria, onde ficou internada por 12 dias. Ela faleceu em 1º de maio em decorrência de um câncer de colo de útero, com metástase no pulmão, e foi sepultada no dia seguinte no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria.

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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para [email protected] ou pelo telefone (55) 3213-7122